Por [Jean Marques]
Em uma sociedade cada vez mais acelerada, onde as obrigações ordinárias frequentemente ocupam o centro das atenções, as ausências nem sempre são notadas. Isso é especialmente verdadeiro no contexto das comunidades religiosas, onde a desconexão de um membro não afeta apenas o indivíduo, mas reverbera por todo o coletivo.
As igrejas têm um papel histórico e fundamental como espaços de acolhimento e suporte emocional. Esses ambientes oferecem conforto em tempos difíceis e reforçam o senso de pertencimento que é vital para a saúde emocional e espiritual dos membros. No entanto, o cuidado comunitário vai além da convivência regular; ele exige atenção contínua e sensibilidade às necessidades de cada membro, especialmente daqueles que foram evitados.
A rotina das atividades e o crescimento das congregações podem levar ao esquecimento dos membros ausentes. Essa negligência, muitas vezes não intencional, gera sentimentos de abandono e exclusão, impactando aqueles que já podem estar enfrentando dificuldades pessoais. É um chamado urgente para que as comunidades se lembrem do papel ativo de cuidar e incluam, estendendo a mão para os que estão distantes.
Cada membro de uma comunidade carrega consigo histórias, talentos e contribuições que enriquecem o grupo como um todo. Quando um membro se afasta, perde-se não apenas a presença sua, mas também o valor que ele ou ela agrega à comunidade. Resgatar esses laços é reafirmar que todos são indispensáveis e que, mesmo à distância, são lembrados e valorizados.
Pequenos atos podem reacionar a conexão. Uma visita, um telefonema ou até mesmo uma mensagem podem transmitir uma mensagem poderosa: "Você faz falta". Esses gestos de empatia e cuidado demonstram que a comunidade está atenta e pronta para apoiar. O impacto de uma atitude como essa é incalculável, trazendo de volta a esperança e o senso de pertencimento para aqueles que se sentem isolados.
A força de uma comunidade reside em sua capacidade de se manter unida, mesmo quando algumas partes se afastam temporariamente. A busca ativa pelos membros ausentes é um compromisso que não deve ser negligenciado, pois demonstra amor, cuidado e a verdadeira essência do que significa ser uma comunidade.
Enquanto seguimos nossas jornadas individuais e coletivas, podemos sempre lembrar que o vínculo entre nós é um dos maiores tesouros da vida na comunidade. Que a ausência de hoje seja uma oportunidade de renovação e reconexão, fortalecendo os laços que nos unem.
Reflexão Final:
Se cada um de nós se comprometesse a alcançar um membro ausente esta semana, que impacto teríamos? Essa é uma chance de ser a mudança que queremos ver em nossas comunidades: uma família espiritual onde ninguém é deixado para trás.
(Publicado em [Publica DFl])
Seja a ponte para alguém hoje.