Erro Técnico e Indignação Marcam Concurso de Fotografia do Instituto Cactus
O 3º Concurso de Fotografias Saúde Mental em Imagens, promovido pelo Instituto Cactus, tem sido alvo de protestos e indignação por conta de falhas no encerramento das votações. A competição, que tinha como objetivo promover a saúde mental por meio da arte, agora enfrenta reclamações de descumprimento de regras e falta de transparência.
De acordo com o edital, as votações do Júri Popular deveriam ter sido encerradas no dia 29 de novembro de 2024. No entanto, o sistema de votação permaneceu ativo, permitindo que novos votos fossem computados após o prazo oficial. Esse erro técnico gerou mudanças significativas no placar, prejudicando participantes que lideravam dentro do período válido.
Uma das maiores polêmicas envolve a fotografia "Dualidade Mental Entre a Luz da Razão e a Sombra do Caos", de Jean Paulo Marques de Souza, que liderava até o prazo oficial. Após o período de votação ser estendido de forma indevida, outras imagens superaram a liderança, gerando revolta entre participantes e apoiadores.
A situação gerou forte mobilização da comunidade de saúde mental, composta por usuários, servidores e apoiadores de diversas regiões do Brasil. Muitos enxergam a falha como uma afronta aos valores que o concurso deveria promover.
"Foi uma falta de respeito com todos que participaram e se mobilizaram. Nós confiamos nas regras e dedicamos nosso tempo e esforço para divulgar as fotos. Essa mudança arbitrária descredibiliza todo o processo," afirmou um participante que preferiu não se identificar.
A comunidade exige explicações públicas e transparência nos resultados. Há uma percepção generalizada de que a desorganização comprometeu não apenas o concurso, mas também a mensagem de valorização e inclusão que o evento buscava transmitir.
Entre as principais demandas, destacam-se:
A situação extrapola o contexto do concurso. Para muitos, o evento deveria ser uma oportunidade de valorizar a saúde mental e a arte como formas de expressão e superação. Em vez disso, a percepção é de que a falta de seriedade prejudicou tanto os participantes quanto a causa defendida.
Especialistas reforçam a importância da clareza e da transparência em eventos culturais e artísticos. Alterações não comunicadas ou a falta de respeito às regras estipuladas podem minar a credibilidade de iniciativas como essa e desestimular futuras participações.
"Eventos como esse têm um papel fundamental na promoção da saúde mental. A falta de seriedade e de respeito às regras gera um impacto negativo, especialmente em uma comunidade que já enfrenta inúmeros desafios," destacou um profissional de saúde mental que acompanha o caso.
Até o fechamento desta matéria, o Instituto Cactus não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias e questionamentos apresentados. A expectativa é que a organização responda às demandas e adote medidas para reparar os danos causados.
A responsabilidade pelo erro recai sobre a organização do concurso, que deveria ter garantido o cumprimento estrito do cronograma definido no edital. Há duas possibilidades principais para a falha:
Para resolver a questão e restaurar a confiança no concurso, o Instituto Cactus poderia:
Emitir um comunicado oficial explicando o ocorrido, assumindo a responsabilidade e destacando as medidas que serão tomadas para evitar erros futuros.
"Considerar os votos computados após o prazo, respeitando as pessoas que participaram ativamente do processo"
Nesse cenário, o Instituto Cactus poderia assumir o erro técnico e reconhecer que, embora o prazo oficial tenha sido ultrapassado, os votos recebidos após o prazo representam o esforço genuíno de participantes e apoiadores. O processo de revisão seria ajustado para:
Validar todos os votos: Incluir os votos recebidos após o prazo oficial como parte da contagem final, reconhecendo a mobilização das pessoas durante o período estendido.
Comunicar o ocorrido de forma transparente: Explicar à comunidade que o erro técnico foi identificado e que, para respeitar todos os envolvidos, os votos adicionais serão considerados.
Garantir justiça nos resultados: Reforçar que, apesar da falha, as regras e critérios de avaliação serão aplicados a todas as etapas para garantir que os resultados reflitam a essência do concurso.
Propor ajustes futuros: Assumir o compromisso de implementar melhorias em futuras edições do concurso, como sistemas de votação mais robustos e supervisão ativa, para evitar repetições desse tipo de situação.
Erros em concursos são inevitáveis, mas a forma como são gerenciados pode fortalecer ou prejudicar a reputação da organização responsável. Para o Instituto Cactus, este é um momento crucial para demonstrar compromisso com os valores de transparência e respeito aos participantes, garantindo que futuras edições sejam ainda mais organizadas e confiáveis.
Os participantes e apoiadores esperam uma resposta clara e um posicionamento firme que mostre que a organização está comprometida com a ética e a justiça no processo competitivo.